Lombo ao tomilho e batatas

Depois de algum tempo de pouco movimento em nossa cozinha, com nenhum almoço preparado nos primeiros domingos de julho, finalmente resolvemos fazer algo para o nosso fim de semana em São Paulo. Em meio a algumas dúvidas sobre o cardápio do dia, decidimos consultar os livros de culinária típica e o país escolhido foi a França, com o prato deste post.

Com a receita escolhida, fomos às compras dos ingredientes e logo no começo nós tivemos um problema que nos fez alterar o principal componente do prato: o lombo. Saímos a procura da carne de cordeiro, como mandava a receita original, mas só encontramos outros cortes – carré e pernil. Devido a essa dificuldade, optamos pelo lombo suíno, que sempre é uma boa pedida.

No fim, o resultado foi muito bom. O alecrim e o tomilho deram um gosto muito especial à carne, mas o que nos chamou a atenção foi mesmo a batata. Ao serem salteadas na manteiga, elas ficaram douradas, crocantes por fora e bem macias por dentro. Excelente.

RECEITA

1 lombo de 1kg

Sal

Pimenta do reino

3 ramos de tomilho

2 talos de alecrim

250g de batatas miúdas

25g de manteiga

Em uma assadeira, tempere o lombo com o sal e a pimenta a gosto e cubra como os ramos de tomilho e alecrim. Cubra com papel alumínio e leve ao forno preaquecido a 180°C por 25 minutos, retire o papel e volte ao forno por mais 10 minutos aproximadamente.

Enquanto o lombo estiver no forno, cozinhe as batatas com casca em água e sal e, quando estiverem macias, corte-as ao meio no sentido do comprimento e salteie-as na manteiga. Agora é só servir com o lombo fatiado.

Preparamos um arroz branco e uma salada de rúcula com queijo frito por cima para acompanhar. E para beber: um vinho espanhol de Rioja, conforme recomendava o livro.

Dica de leitura: A história do mundo em 6 copos

Diferentemente do que se poderia esperar de um blog sobre culinária, esta não é uma dica de um livro de receitas. Aliás, nem sobre comida é a publicação, mas sobre algo que está ligado à gastronomia de uma maneira geral: as bebidas.

Comida e bebidas sempre estiveram ligadas de algum modo. Seja acompanhando as refeições ou servindo de aperitivos e digestivos, variados tipos de líquidos estiveram presentes à mesa da humanidade ao longo da história e cada um com sua importância. E é sobre a importância histórica que discorre Tom Standage no livro “A história do mundo em 6 copos”.

Iniciando com a influência do cultivo da cevada no princípio da civilização e da importância da cerveja na Mesopotâmia e no antigo Egito, o livro passa em seguida pela história do vinho e relata como ele foi importante para o desenvolvimento da cultura grega e para a criação e a expansão do Império Romano. Para terminar a primeira parte baseada nas bebidas alcoólicas, o autor escreve sobre como a fabricação de destilados – especialmente aqueles à base de milho – foi fundamental na colonização dos E.U.A. e no processo da independência norte-americana.

Na segunda parte, o livro muda de foco, passando para as bebidas sem álcool. A primeira bebida a ser abordada é o chá e sua importância histórica no período de domínio do Império Britânico, inclusive em seu declínio  e a influência na independência dos Estados Unidos. Em seguida, o leitor conhece mais sobre o café e como uma bebida historicamente ligada à cultura islâmica foi importante para o amadurecimento das ideias iluministas, além de estimular as relações comerciais. Por fim, é apresentada a história da Coca-Cola, desde a sua origem até os dias atuais, e de seu fundamental papel na divulgação mundial do “American Way of Life” no período pós II Guerra, sendo um símbolo da globalização.

É um livro bastante interessante para quem gosta de história e tem curiosidade sobre a origem das bebidas. Lembro que quando o li, fiquei admirado ao ver o desenvolvimento da humanidade sob um novo prisma e ao percerber o quanto as bebidas influenciaram no curso da história. Além de ter ficado muito curioso em saber qual seria o gosto da cerveja na antiguidade.